Pesquisa afirma: videogame não é o vilão da obesidade infantil

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O número de pessoas obesas nos Estados Unidos tem crescido cada vez mais durante as últimas décadas, e os videogames são frequentemente citados como um dos principais fatores por trás desse vertiginoso crescimento na escala de “quilos per capta“. Mas alguns pesquisadores estão dizendo que isso não é necessariamente verdade. Eu e meu enorme pedaço de bacon frito concordamos plenamente.

Os videogames têm sofrido muitas críticas por tornarem as pessoas obesas, não apenas nos EUA, mas em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde apontou o dedo para os games no passado, e a campanha contra a obesidade “Let’s Move” (vamos nos mexer), da primeira-dama Michelle Obama, citou o lançamento do PlayStation como um grande evento na linha do tempo da gordice.

É verdade mesmo? Videogames atraem gordura ou eles apenas nos oferecem alguma distração enquanto engordamos? Um estudo da Michigan State University em East Lansing apresenta algumas dúvidas sobre a suposição de que o nosso hobby favorito e banha estão intimamente relacionados.

O estudo acompanhou um grupo de de garotos de 12 anos de idade por um período de três anos, submetendo as crianças e seus pais a seis grandes pesquisas. Os pesquisadores rastrearam o uso de internet, videogames e celulares na vida das crianças, acompanhando os resultados de seus exames, altura, peso, etnia e condições socioeconômicas. A pesquisa também mediu a capacidade de leitura das crianças, além de matemática, reconhecimento espacial e auto-estima.

Esses dados foram usados em comparação com o crescimento do índice de massa corporal, ou IMC, das crianças.

As crianças do grupo passavam mais tempo jogando videogames do que falando ao celular ou navegando na internet, mas os pesquisadores disseram que os games não tiveram tanta influência no IMC final dos pequenos. Etnia, idade e status social foram fatores mais fortes, de modo geral. Ou seja, jogar não significa, necessariamente, engordar.

No entanto, nem tudo são rosas para a indústria dos games. Apesar de os estudantes que jogavam mais exibirem habilidades visuais e espaciais (coordenação olho-mão) elevadas, elas também estavam mais propensas a ter notas ruins e baixa auto-estima.

Talvez se as pessoas parassem de chamá-las de “gordas” o tempo todo…

fonte: Kotaku


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